Através do nosso poder de persuasão e retórica podemos verificar a nossa capacidade de expressão verbal e a influência que o nosso discurso pode exercer sobre nossos ouvintes; para isso é importante sabermos utilizá-las corretamente.
Persuadir é gênero e compreende três espécies, três modos de persuadir, a saber: convencer, comover e agradar. Cícero chama de "Tria officia". A primeira se diz lógica, a segunda afetiva, a terceira estética.
Convencer vem de "cum + vincere" = vencer o opositor com sua participação. E tecnicamente denota persuadir a mente através de provas lógicas: indutivas (exemplos) ou dedutivas (argumentos). Assemelha-se ao docere (ensinar), que é a tentativa de persuasão partidária no domínio intelectual.
Comover vem de cum + movere persuadir através do coração. Pela excitação da afetividade, a vontade arrasta o intelecto a aderir ao ponto de vista do orador. Ethos (moral) é usar um grau de intensidade mais suave. Movere (mover) é intensidade mais violenta, correspondendo ao pathos (paixão).
Agradar corresponde na terminologia latina a "placere" = agradar. Delectare (deleitar) é a persuasão no domínio afetivo. (Tringale, 1988)
Agora que aprendemos um pouco sobre o conhecimento de cada palavra e aprofundamento teórico, vamos a prática, como fazemos no dia a dia para persuadimos as pessoas.
O pressuposto básico da persuasão é o amplificatio (amplificação). O nosso discurso deve ampliar-se nas pessoas que nos ouvem. É como "captar as suas mentes" para aquilo que queremos modificar. A veiculação de nossas palavras é uma tentativa de mostrar que temos o conhecimento da verdade e queremos outros partidários.